domingo, 26 de outubro de 2008

IDIOCRACY

No filme um cidadão e uma prostituta participam de uma experiência feita pelo exército e são congelados em 2005 e só acordam depois de 500 anos em um mundo onde a sociedade é totalmente imbecilizada e marcada pelo consumismo e vulgaridade desenfreada, onde a publicidade utiliza o sexo para vender qualquer produto e com graves problemas com a água e todo encoberto pela poluição e pelo lixo.




VOCE JÁ SE IMAGINOU VIVENDO EM UM MUNDO ASSIM?


cena do filme Idiocracy

Bom, de acordo com o filme esse é o futuro que nos espera. Apesar de parecer uma comédia bastante idiota, na verdade o filme faz uma crítica de como pode estar o mundo daqui a 5oo anos; retratando uma sociedade não qual a ignorância domina as pessoas em todos os seus aspectos, deixando de se preocuparem com a educação e com os bons costumes o que importa é somente o dinheiro ou o sexo é isso que os atrai e por isso fazem qualquer coisa. Notamos um mundo onde as pessoas se tornaram indivíduos estúpidos, violentos, e que seus conceitos culturais são baseados em programas idiotas e filmes imbecis. Os fatos históricos do mundo foram equivocados e as pessoas que agora o governam são tão ignorantes quanto os que o habitam. Uma evolução ao contrario.
Esses fatos vividos no filme podem vir a se tornar fatos reais no futuro, pois as pessoas são facilmente corrompidas pelo dinheiro, poder, consumo, status entre outras coisas abandonando seus valores morais e culturais, além de se deixarem influenciar pela escassez de cultura e de conhecimento que cada vez mais invade nossos meios de comunicação e de cultura, dessa forma ao poucos iremos perder nosso caráter individual, o respeito e a educação pelo próximo e começaremos a agir de forma agressiva e violenta, nos tornando pessoas estúpidas e ignorantes se aproximando cada vez, mas desse futuro “imbecil”.
Acredito,que a melhor forma de impedir que esse futuro aconteça, seja cultivar nosso presente com conhecimento construtivo, valores morais e culturais íntegros e evoluir culturalmente com inteligência e lutar para que todos possam ter uma educação e uma cultura de qualidade para avaliar e recusar as imbecilidades que possam nos ser oferecidas no futuro e as que já nos são oferecidas hoje.
Por Nielle Oliveira

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A corrosão do caráter.

A expressão "capitalismo flexível" descreve hoje um sistema que é mais que uma variação sobre um velho tema. Enfatiza-se a flexibilidade. Atacam-se as formas rígidas de burocracia, e também os males da rotina cega. Pede-se aos trabalhadores que sejam ágeis, estejam abertos a mudanças a curto prazo, assumam riscos continuamente, dependam cada vez menos de leis e procedimentos formais.
Essa ênfase na flexibilidade está mudando o próprio significado do trabalho, e também as palavras que empregamos para ele.
Talvez o aspecto da flexibilidade que mais confusão causa seja seu impacto sobre o caráter pessoal. O caráter é o valor ético que atribuímos aos nossos próprios desejos e às nossas relações com os outros, o caráter de alguém depende de suas ligações com o mundo, são os traços pessoais a que damos valor em nós mesmos, e pelos quais buscamos que os outros nos valorizem.
Tempo é o único recurso que os que estão no fundo da sociedade têm de graça. É a dimensão do tempo do novo capitalismo, e não a transmissão de dados high-tech,os mercados de ação globais ou o livre comércio,que mais diretamente afeta a vida emocional das pessoas fora do local de trabalho. Transposto para a área familiar, "Não há longo prazo" significa mudar, não se comprometer e não se sacrificar.
O capitalismo conseguira alguma coisa semelhante a uma consumação final; se havia maior liberdade de mercado, menor controle do governo, o "sistema" ainda entrava na experiência cotidiana das pessoas como sempre fizera, com sucesso e fracasso, dominação e submissão, alienação e consumo. O que se encaixa nas questões de cultura e caráter.
As condições de tempo no novo capitalismo criaram um conflito entre caráter e experiência, a experiência do tempo desconjuntado ameaçando a capacidade das pessoas transformarem seus caracteres em narrativas sustentadas.
Durante a maior parte da história humana, as pessoas têm aceito o fato de que suas vidas mudarão de repente devido a guerras, fomes ou outros desastres, e de que terão de improvisar para sobreviver.
O que é único na incerteza hoje é que ela existe sem qualquer desastre histórico iminente; ao contrário, está entremeada nas práticas cotidianas de um vigoroso capitalismo.
Talvez a corrosão de caracteres seja uma conseqüência inevitável. "Não há mais longo prazo" desorienta a ação a longo prazo, afrouxa os laços de confiança e compromisso e divorcia a vontade do comportamento. O comportamento flexível que traz o sucesso enfraquece seu caráter de um modo para o qual não há remédio prático.
A flexibilidade de tempo e de caráter acontece porque as pessoas motivadas por uma busca de ascensão social ou apenas por uma inclusão social ou por sobrevivência, passam por uma mudança de caráter e de tempo corrompendo assim uniões familiares e de amizades.



(Texto produzido a partir da leitura do artigo "Deriva: como o novo capitalismo ataca o caráter pessoal" IN: A Corrosão do Caráter, de Richard Senett) Texto produzido a partir da leitura do artigo "Deriva: como o novo capitalismo ataca o caráter pessoal" IN: A Corrosão do Caráter, de Richard Senett)

Dimensões da Modernidade

Para estar na moda e nas tendências do mercado, nosso corpo passa a se tornar uma propaganda. O que vestimos, por exemplo, pode dizer o que somos, que estilo possuímos, nossa classe social, nosso status, se usamos peças caras e sofisticadas ou se possuímos esse visual simplesmente porque virou moda e ‘caiu’no gosto popular.
Atualmente o mundo se tornou uma globalização de produtos podemos ter acesso a todo produto de todo o mundo, com a tecnologia e a internet podemos conseguir qualquer produto de qualquer país.
Além das marcas de nossas roupas e acessórios o nosso corpo também ganhou um padrão de beleza, por isso cada vez mais mulher e homens também, se arriscam a fazer cirurgias plásticas para alcançar esse corpo idealizado pela sociedade para estar dentro dos padrões físicos estipulados por um mundo moderno.
Vivemos em um mundo no qual, aqueles que estão fora desses padrões são descriminados pelos grupos sociais , há muito hoje a concepção de seu caracter pelo que você veste, usa e possui , somos classificados por nossos valores matérias e poucos são os que nos julgam por nossa índole.
Comprar exorciza nossa insegurança, pois comprar resgata a idéia de que estamos dentro dos padrões, que estamos consumindo algo que nos tornará melhores, completos , felizes e agregados a sociedade moderna.
Porém não temos uma liberdade extensa na nossa compra, primeiramente porque, as lojas já oferecem produtos que já estão convencionados pelas tendências, segundo porque queremos comprar o que está na moda, por exemplo, quando vamos comprar uma calça não queremos uma simples calça queremos a que esta na moda com detalhes com a cor que esta usando enfim , mesmo que uma simples calça era o que precisávamos escolhemos o que é moderno o que esta em evidencia.
Os mais afetados por esse consumo, são os jovens que querem sempre estar dentro desses padrões para não serem descriminado pelos amigos ou para não estar fora de um grupo social.
O que usamos nos proporciona rótulos como: as patricinhas, os “emos”, os roqueiros, os caipira , os góticos , enfim há vários rótulos que separam os jovens em determinados grupos.
Portanto vivemos sim em uma sociedade que nos dita regras de comportamento e de consumo. Comprar se tornou parte de nossas vidas, compramos para adquirir status enfim para estar dentro dos padrões modernos e para fazer parte dessa sociedade consumidora.